As tecnologias
digitais não são apenas instrumentos de mediação no ensino de línguas, ou seja,
elas não servem como um mera plataforma utilizada com o simples fim de dar
suporte ao processo de aprendizado. A nossa relação cotidiana com essas novas
tecnologias vai além da necessidade de um aparato para realizar determinado
trabalho, nós temos uma relação quase íntima com o nosso smartphone. Usamos o
aparelho para o trabalho, para o estudo, para o lazer, tudo ao mesmo tempo, ao
alcance de um toque. Passamos horas dos nossos dias olhando para a tela quadrada
em nossas mãos, recorremos a ela quando nos deparamos com algum problema ou
precisamos de um conforto. Com tamanha facilidade de uso, sendo possível criar
vídeos, imagens, textos em questão de minutos, as tecnologias digitais
permitiram que as pessoas passassem de receptoras a produtoras de conteúdo, o
que é refletido no modo como a atual geração de alunos sentem o aprendizado. Diante
desse cenário, as tecnologias digitais são também instrumentos de facilitação,
universalização e democratização do ensino de línguas, além de permitirem que
os alunos explorem simultâneamente as facetas desse aprendizado (escrita,
leitura, escuta, fala, cultural) em um ambiente familiar e de maneira contínua.
Um exemplo disso são as crianças que aprendem a ler através de jogos e
aplicativos antes do período formal de alfabetização ou, ainda, as pessoas que
aprender um idioma através de jogos e fóruns online.
Na tirinha abaixo, do cartunista André Dahmer, o computador é usado apenas como um aparato dentro do ambiente de trabalho dos personagens. As tecnologias digitais precisam ser mais do que isso para que o seu impacto na educação seja de fato relevante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário